terça-feira, 18 de maio de 2021

Derrame é agravado por excesso de trabalho em 35% dos casos, segundo OMS.

Trabalhar demais pode matar ou agravar risco de AVC ou doenças cardíacas. Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 35% das mortes por acidente vascular cerebral estão associadas a situações de estresse provocado por carga excessiva de trabalho, com jornadas superiores a 55 horas semanais.

Em 17% dos casos de óbitos decorrentes por doenças cardíacas, existe uma correlação com a longa jornada de trabalho. Os números representam as mais de 745 mil mortes em 2016, que tiveram aumento de 20% desde o ano 2000. A tendência atual é que o índice seja incrementado pelas mortes por Covid-19 e pelo trabalho remoto.

A pesquisa, realiza em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, reúne dados de 190 países no período citado. Os riscos relacionados ao período de trabalho levam em conta a comparação com casos registrados entre profissionais que atuam em jornadas normais, entre 35 e 40 horas semanais.

Ao todo, foram avaliados quatro mil 66 pessoas em períodos diversos. Quase 9% da população global está no grupo dos que trabalham mais de 55 horas semanais. São 488 milhões de trabalhadores no mundo expostos a uma carga exaustiva. A maior parte das mortes – 72% – ocorre entre homens.

A faixa etária concentra maior número de óbitos de 60 a 79 anos, principalmente entre os que exerceram grandes cargas de trabalho na idade de 45 a 74 anos. A pesquisa apontou que o home office contribui com esse processo, com demandas de tarefas profissionais e domésticas que se misturam e aumentam a carga horária para o trabalhador.

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