A Polícia Federal deflagrou, na quarta-feira
(15), a Operação Cosa Nostra para desarticular uma organização criminosa
instalada em diversas prefeituras de cidades do Agreste do Estado. Foram
cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Agrestina (3), Caruaru
(6), Garanhuns (7) e São João (1), locais onde existiam sedes das empresas
envolvidas.
De acordo com a Polícia Federal, a
organização criminosa contava com a participação de agentes públicos municipais
para fraudar processos licitatórios direcionando seus resultados em dez cidades
do interior de Pernambuco. A partir da denúncia de um vereador de Agrestina,
foram identificadas diversas irregularidades envolvendo contratação suspeita de
empresas. O valor dos recursos públicos destinados às empresas investigadas
gira em torno de R$ 100 milhões.
Segundo a Polícia Federal, o prefeito de
Agrestina, Thiago Nunes (PMDB), um secretário que não teve o nome revelado e
mais seis pessoas, foram indiciados por frustração de caráter competitivo de
licitação, fraude na contratação, corrupção ativa e passiva e crime de
responsabilidade, cujas penas somadas ultrapassam os 30 anos reclusão.
Além de Agrestina, a Polícia Federal também
realizou investigação nas cidades de Panelas, Jurema, Água Preta, Lagoa dos
Gatos, Bom Conselho, Jupi, Iati, Riacho das Almas e Angelim. Não está
comprovada até o momento a participação das gestões municipais desses
municípios no esquema. As investigações começaram em junho do ano passado e
contam com apoio do Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas do Estado.
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