Por: Carlos Alberto
Quem não se lembra dos domingos vazios na
semana que antecedia o festejo de momo em Bom Conselho há 6, 7 anos atrás? Pois
é. O tempo passa! Quem imaginaria há 6 anos atrás, que um projeto de punho
cultural de resgate, valorização, preservação e difusão dos valores artísticos
de Bom Conselho, pudesse atrair multidões de pessoas de várias idades para ruas
e praças de Papacaça?
Aqui em meu espaço de trabalho me lembrei
dos versos de Manoel Bandeira, no Frevo Canção “VOLTEI RECIFE”. Cadê
Toureiros? Cadê Bola de Ouro? As Paz, os Lenhadores? e os novos Batutas de São
José? E porque não dizer: Cadê Não Paga Nada? As Moreninhas, Amigo da
Onça, Ou Vai ou Racha? Blocos esses famosos que em anos dourados dos festejos
momescos de Bom Conselho, atraiam pessoas de várias idades também. Quantos
ilustres artistas da arte popular, músicos, pintores, artesões, escultores,
restauradores, personalidade pública entre outros estão nesse momento
esquecidos? Respondo. MUITOS!
E quantos tem a preocupação de verdade em
resgata-los? Rsss, nem quero falar. As vezes ao me sentar em busca de descanso,
reviro as doces lembranças de minha infância. Como era bom ter um prato quente
de comida já pronto na mesa. Bastava apenas me servir. Bons tempos! Bom
Conselho hoje tem, várias agremiações carnavalescas que agonizam por escassez
de apoio e recursos financeiros. Me pergunto. Quem está preocupado com isso?
Quem de livre espontânea vontade, chega nas comunidades, sítios e distritos de
nossa querida Bom Conselho, com um metro de TNT para fazer as decorações de
rua? Respondo. NINGUÉM!!!
Nesse último domingo de Carnaval de Zé
Puluca, pude finalmente, aliviar o meu cansaço de 10 meses de trabalho árduo.
Batendo em porta em porta, em busca de apoio para a nossa folia. Vi além das
mulheres bonitas de nossa cidade, recém-nascidos nos colos de mães dedicadas.
Também pude contemplar cadeirantes exercendo seu direito de cidadania,
circulando pelas ruas em domingo de Puluca. A terceira idade também mandou
vários representantes. Como foi lindo ver idosos mesmo diante de tantas
limitações da idade, frevar! E as crianças livres, correndo à vontade com suas
roupas de super-heróis. Famílias inteiras se confraternando nas vias públicas.
É! Parece que para algumas pessoas isso não
vale nada. O que é uma grande pena! Onde ficam mesmo os parques das diversões
públicas de nossa cidade? Qual o laser que a nossa juventude tem em Bom
Conselho, tirando o futebol e as farras de finais de semana? Sabe de uma coisa.
É Verdade. É tempo de refletir!
Amar não é olhar um para o outro, é olhar
juntos na mesma direção.
(O Pequeno Príncipe)
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