A Austrália poderá ser o primeiro país do
mundo a erradicar o câncer de colo de útero. De acordo com um estudo científico
publicado na revista The Lancet, esse tipo de câncer poderá ser eliminado do
território australiano dentro de 20 anos se as vacinações e os programas de
rastreamento da doença, que fazem o diagnóstico precoce do câncer, forem
cumpridos.
A estimativa dos pesquisadores australianos
é que o câncer de colo de útero seja classificado como “raro" já até 2022,
afetando cerca de seis pessoas em cada 100 mil. E seguir no caminho para
atingir o índice de quatro ou menos novos casos por 100 mil mulheres a cada
ano, eliminando efetivamente o câncer até 2028.
A Austrália foi um dos primeiros países a
introduzir um programa nacional de vacinação contra HPV para meninas. Começou
em 2007 e, atualmente, também vacina meninos. Estima-se que 99,7% dos casos de
câncer do colo do útero – quase que a totalidade, portanto - são causados por infecção por
Papillomavirus Humano, o HPV, que é sexualmente transmissível. Esta infecção
sexual é uma das mais comuns no planeta e afeta pessoas de ambos os sexos.
No Brasil, a vacina contra o HPV entrou
para o calendário de vacinação há cinco anos. Desde seu lançamento 4 milhões de
meninas de 9 a 14 anos completaram o esquema de vacinação com as duas doses
necessárias, totalizando 41,8% das crianças a serem vacinadas. Os meninos de 11
a 14 anos foram incluídos na vacinação contra o HPV em 2017. Desde então, segundo dados oficiais, foram
2 milhões e 600 mil vacinados com a primeira dose e apenas 911 mil desses
meninos completaram o esquema de vacinação contra o HPV tomando a segunda dose.
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