Se fosse contar o número de reproduções, os
boatos certamente seriam eleitos no primeiro turno. Durante dois meses, das 106
notícias falsas checadas, 98 foram desmascaradas como inverdades. Duas foram
disseminadas por redes oficiais de políticos. O trabalho reuniu 24 veículos de
mídia brasileira na coalizão Comprova de combate às “fake news”, com
monitoramento da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
Segundo a Folha de São Paulo, o vencedor e
líder nas pesquisas para o segundo turno, Jair Bolsonaro foi peça-chave de 33
verificações. Fernando Haddad, que também disputará o pleito, e seu padrinho
político, Lula, foram alvos de 37 boatos. O Comprova revelou casos
emblemáticos, como um falso áudio, distribuído pela rede WhatsApp, de um
suposto apoio do padre Marcelo Rossi a Jair Bolsonaro.
O arquivo foi multiplicado no YouTube pelo
candidato, e pelo filho do presidenciável, Carlos Bolsonaro, no Twitter,
enquanto o Padre Marcelo desmentia, pela própria rede social. Até o TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) se valeu de desmentidos para que a desinformação - ao todo,
seis boatos - sobre urnas eletrônicas não tomasse proporções alarmantes.
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