terça-feira, 15 de outubro de 2019

O domingo de Santa Dulce dos Pobres, por Alexandre Piúta.

“Eu sinto seu cheiro de flor / Eu sei que você está aqui / Sua presença é de amor /Luz, olhar de esperança / Luz, das doces palavras / Luz, me dá confiança / Luz que cuida de mim / Que acalma o meu coração / Me acolhe com seu abraço / Afasta a solidão / Luz que luta por mim / Que ampara e estende a mão / Que nunca duvida do amor / Quem em nome do sim / Não tem medo do não”

A música cantada pelo sanfoneiro cearense Waldonys será um hino de louvor à primeira santa nascida no Brasil, Irmã Dulce, que nasceu na Bahia, no nosso Nordeste. Desde domingo ela foi tornada Santa pelo Papa Francisco na cerimônia de canonização que reuniu milhares de pessoas do mundo inteiro, entre eles mais de 10 mil brasileiros, na praça do Vaticano, em Roma.

Irmã Dulce, já em vida era considerada uma santa pelo trabalho a que dedicou toda a vida. Com vocação despertada na infância e concretizada a partir dos quinze anos de idade, com o ingresso num convento em Sergipe para se tornar freira. A vida dedicada às obras de caridade e ações humanitárias a tornou uma referência em defesa de pobres, desemparados e das causas sociais no Brasil e no mundo.

Entre as suas ações estão o Hospital Santo Antônio de salvador, que é uma referência na assistência à população carente da Bahia, um centro de acolhimento e uma escola para jovens desamparados. Pelo trabalho em favor dos pobres no domingo ela foi canonizada pelo Papa Francisco, passando ser chamada Santa Dulce dos Pobres.

Santa Dulce, como escreveu Frei Beto no domingo em um de seus artigos, “...foi uma mulher exemplar. Nascida na classe alta, tornou-se freira e dedicou sua vida a cuidar dos mais pobres”. Santa Dulce dos Pobres terá o dia 13 de agosto como dia de louvação, a exemplo do que acontece no Brasil, onde o reconhecimento de graças alcançadas é uma realidade com seguidas declarações de fiéis que lhe pediram ajuda, a partir de agora ela poderá ser venerada em todo o mundo.

Os valores que Santa Dulce dos Pobres pregou, enquanto esteve por aqui, foram a solidariedade e ações para incluir as pessoas. Lembrar como Santa Dulce agiu é um bom ensinamento para pensarmos em mudar o mundo cheio de egoísmo dos dias atuais. Uma frase dela diz que “As pessoas que espalham amor não têm tempo nem disposição para jogar pedras”. É frase atual e uma reflexão necessária nos nossos dias.

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