“Eu sinto seu cheiro de flor / Eu sei que
você está aqui / Sua presença é de amor /Luz, olhar de esperança / Luz, das
doces palavras / Luz, me dá confiança / Luz que cuida de mim / Que acalma o meu
coração / Me acolhe com seu abraço / Afasta a solidão / Luz que luta por mim /
Que ampara e estende a mão / Que nunca duvida do amor / Quem em nome do sim /
Não tem medo do não”
A música cantada pelo sanfoneiro cearense
Waldonys será um hino de louvor à primeira santa nascida no Brasil, Irmã Dulce,
que nasceu na Bahia, no nosso Nordeste. Desde domingo ela foi tornada Santa
pelo Papa Francisco na cerimônia de canonização que reuniu milhares de pessoas
do mundo inteiro, entre eles mais de 10 mil brasileiros, na praça do Vaticano,
em Roma.
Irmã Dulce, já em vida era considerada uma
santa pelo trabalho a que dedicou toda a vida. Com vocação despertada na
infância e concretizada a partir dos quinze anos de idade, com o ingresso num
convento em Sergipe para se tornar freira. A vida dedicada às obras de caridade
e ações humanitárias a tornou uma referência em defesa de pobres, desemparados
e das causas sociais no Brasil e no mundo.
Entre as suas ações estão o Hospital Santo
Antônio de salvador, que é uma referência na assistência à população carente da
Bahia, um centro de acolhimento e uma escola para jovens desamparados. Pelo
trabalho em favor dos pobres no domingo ela foi canonizada pelo Papa Francisco,
passando ser chamada Santa Dulce dos Pobres.
Santa Dulce, como escreveu Frei Beto no
domingo em um de seus artigos, “...foi uma mulher exemplar. Nascida na classe
alta, tornou-se freira e dedicou sua vida a cuidar dos mais pobres”. Santa
Dulce dos Pobres terá o dia 13 de agosto como dia de louvação, a exemplo do que
acontece no Brasil, onde o reconhecimento de graças alcançadas é uma realidade
com seguidas declarações de fiéis que lhe pediram ajuda, a partir de agora ela
poderá ser venerada em todo o mundo.
Os valores que Santa Dulce dos Pobres
pregou, enquanto esteve por aqui, foram a solidariedade e ações para incluir as
pessoas. Lembrar como Santa Dulce agiu é um bom ensinamento para pensarmos em
mudar o mundo cheio de egoísmo dos dias atuais. Uma frase dela diz que “As
pessoas que espalham amor não têm tempo nem disposição para jogar pedras”. É
frase atual e uma reflexão necessária nos nossos dias.
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