A reformulação do Bolsa Família não vai se
limitar a extensão dos benefícios financeiros às famílias carentes. De um lado,
o governo quer que o Renda Brasil tenha uma linha direta com programas de
emprego, em estudo no ministério da Economia. De outro - e a parte ruim da
história - é que para criar o novo modelo, o ministro Paulo Guedes pretende
revisar ou extinguir programas considerados ineficientes.
Entre eles, o abono salarial, o
seguro-defeso, pago a pescadores durante o período restrito de pesca, a
farmácia popular e a desoneração da cesta básica, que é a isenção de impostos
dos gêneros prioritários. A revisão ou extinção dos programas está a cargo do
Legislativo. O que a equipe do governo quer é sensibilizar os parlamentares com
o aceno de que quanto maior a economia com o que não funciona, maior será a
extensão do Renda Brasil.
O formato leva em conta a necessidade de quem
já está no Bolsa Família ingressar no mercado de trabalho sem perder a ajuda. Seriam
parcelas menores, mantidas junto com o emprego, que também deve ter um modelo
social, com encargos menores. A proposta ainda não está fechada, mas tem, também,
critérios para os empregadores, que poderão contratar mão de obra mais barata,
mas deverão respeitar um período para substituição, para evitar trocas à medida
que os funcionários adquirem experiência e evoluem na carreira.
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