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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Abono salarial, seguro-defeso e farmácia popular podem ser extintos para criação do Renda Brasil.

A reformulação do Bolsa Família não vai se limitar a extensão dos benefícios financeiros às famílias carentes. De um lado, o governo quer que o Renda Brasil tenha uma linha direta com programas de emprego, em estudo no ministério da Economia. De outro - e a parte ruim da história - é que para criar o novo modelo, o ministro Paulo Guedes pretende revisar ou extinguir programas considerados ineficientes.

Entre eles, o abono salarial, o seguro-defeso, pago a pescadores durante o período restrito de pesca, a farmácia popular e a desoneração da cesta básica, que é a isenção de impostos dos gêneros prioritários. A revisão ou extinção dos programas está a cargo do Legislativo. O que a equipe do governo quer é sensibilizar os parlamentares com o aceno de que quanto maior a economia com o que não funciona, maior será a extensão do Renda Brasil.

O formato leva em conta a necessidade de quem já está no Bolsa Família ingressar no mercado de trabalho sem perder a ajuda. Seriam parcelas menores, mantidas junto com o emprego, que também deve ter um modelo social, com encargos menores. A proposta ainda não está fechada, mas tem, também, critérios para os empregadores, que poderão contratar mão de obra mais barata, mas deverão respeitar um período para substituição, para evitar trocas à medida que os funcionários adquirem experiência e evoluem na carreira.

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