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domingo, 28 de junho de 2020

"Invisíveis" estão fora da fila de aprovados no auxílio emergencial por não ter qualquer documento de identificação.

Apesar das longas filas formadas pelos mais de 80 milhões de aprovados no auxílio emergencial, cerca de três milhões de brasileiros ficarão definitivamente fora do programa. São exatamente aqueles que devem ser os mais necessitados e sequer existem na contagem da população do Brasil. Os cidadãos "invisíveis" não têm registro de nascimento. E, por consequência, nenhum outro documento.

O número pode ser ainda maior, segundo o IBGE, já que os especialistas consideram difícil saber, ao certo, quantas pessoas estão nessa condição. A falta do documento exclui esses brasileiros dos programas sociais, como o do auxílio emergencial de 600 reais para os prejudicados pelo desemprego ou redução nos salários por causa da pandemia de Covid-19. Nem mesmo o benefício do seguro-desemprego pode ser requerido.

Afinal, sem a certidão de nascimento, não é possível emitir documento de identificação, RG ou CPF, carteira de trabalho, nem se matricular em escolas. Pessoas ocultadas do cenário nacional, que sequer têm um nome, e se tornam ilustres desconhecidos aos olhos da lei, chamados por um apelido ou por um nome pelo qual se autodenominam.

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