Quase quatro mil pessoas foram
assassinadas, em todo o País, só no mês de abril. Uma morte a cada
11 minutos. O levantamento foi feito pelo portal G1, em parceria com a USP
e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número representa alta de 8%,
na comparação com o mesmo mês do ano passado, crescimento que aconteceu em
pleno período de isolamento social, teoricamente com menos gente na
rua, em algumas regiões do País.
A pesquisa leva em conta o homicídio
doloso, ou seja, com intenção de matar; o latrocínio, o popular roubo seguido
de morte; e o óbito que acontece por conta de algum tipo de agressão. No
acumulado de janeiro a abril, quase 16 mil pessoas foram
assassinadas, no País. Alta de 9%, puxada, principalmente,
por Piauí e Ceará.
Os responsáveis pelo estudo ouviram
especialistas para entender o avanço no número de mortes violentas, na média
nacional. No geral, não há um padrão, mas alguns possíveis fatores ganham
destaque. Por exemplo, a greve e o motim de parte da polícia militar do Ceará,
no mês de fevereiro, quando os índices de violência subiram com força, no
Estado. E um possível crescimento de conflitos entre grupos criminosos, o que
ajudaria a explicar a alta das mortes, em abril, em regiões nas quais a
quarentena tende a reduzir as ocorrências por brigas de trânsito ou em bares,
por exemplo.
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