quarta-feira, 31 de julho de 2019

Bolsonaro agride, desrespeita e provoca o povo todos os dias.

Por Alexandre Piúta - Desde janeiro o país acompanha declarações que confirmam o receio que se tinha do comportamento do Presidente eleito para governar o Brasil. Bolsonaro na mede esforço para atacar organizações da sociedade civil, pessoas, regiões do país e direitos fundamentais garantidos na Constituição. A prática é a mesma da época de deputado, quando não media seus atos, chegando ao ponto de homenagear Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido torturador do regime militar durante seção do Congresso Nacional.

Nos seis meses como Presidente, Bolsonaro divulgou vídeo pornográfico durante o carnaval; disse que a jornalista Miriam Leitão participou da guerra do Araguaia, o que não é verdade, a jornalista foi presa e torturada quando morava no Espírito Santo. Noutra declaração atacou os nordestinos chamando a todos de Paraíba, atitude de desrespeito e discriminação contra a região que tem 30% da população do país. A mais recente estarreceu o país ao dizer que sabia como desapareceu o Pernambucano Fernando Santa Cruz durante a Ditadura Militar em entrevista aos jornalistas afirmando: “Um dia se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele...”.

A declaração é parte das falas do Presidente que a cada dia revela que ele tem pouco apreço a valores como democracia, liberdade e respeito às pessoas. Acadêmicos, juristas intelectuais e políticos rechaçaram a atitude ao ponto de o jurista Miguel Reali Júnior dizer que o caso não é de impeachment, mas de interdição. Já o Ministro STF Marco Aurélio Melo reagiu de forma vigorosa sugerindo que se colocasse mordaça no Presidente. As reações aos desatinos crescem na medida em que fica clara a incapacidade de Bolsonaro para o cargo. Inabilidade como a demonstrada no caso de Fernando Santa Cruz. Uma demonstração de insensatez e desrespeito aos familiares que lutam há décadas para ter uma resposta do Estado e saber o que aconteceu.

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