O novo coronavírus (Covid-19) não para de
fazer vítimas no Brasil. Já são mais de quinhentas mil pessoas infectadas e
mais de 30 mil mortes provocadas pela doença. Mas os impactos da Covid-19 na
saúde das pessoas vão ainda além. As questões emocionais envolvendo a pandemia
preocupam especialistas, que alertam para o surgimento de uma onda de problemas
relacionados a questões mentais.
Uma pesquisa divulgada esta semana pela
Ipsos revela que o Brasil, entre 16 países, é o que mais sofre de ansiedade
como resultado da pandemia do Covid-19. De acordo com a sondagem, 41% dos
brasileiros, ou quatro em cada dez, têm experimentado algum nível de ansiedade.
Em segundo lugar ficaram os mexicanos. No México, 35% declararam experimentar o
sentimento e, em terceiro, os russos, com índice na casa dos 32%. Do outro lado
do ranking estão os alemães e japoneses. Entre os alemães, a ansiedade em razão
da pandemia é um sentimento sentido por se de cada 100 pessoas e o índice no
Japão ficou em 6%.
A pesquisa Ipsos revelou, também que a
Covid-19 tem mexido com a qualidade do sono e influenciado mudanças de
comportamento que podem ser prejudiciais à saúde. Entre os brasileiros
entrevistados, 26% relataram sofrer de insônia, 39 em cada 100 disseram estar
comendo mais do que o normal e 35% estão fazendo menos exercícios do que
estavam acostumados a fazer. O levantamento entrevistou, ao todo, 16 mil e 38
adultos em 16 nações e tem margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais
ou para menos.
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