sexta-feira, 16 de outubro de 2020

De cada 10 cidades brasileiras, oito não devem retomar as aulas presenciais neste ano.

De cada 10 cidades brasileiras, em pelo menos oito não há condições para a volta às aulas presenciais, em 2020. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que ouviu representantes de quase quatro mil prefeituras. A preocupação deles é consequência da dificuldade em adotar protocolos de higiene contra o coronavírus.

Só para a compra de equipamentos de proteção para alunos da rede pública, a tendência é que os gastos passem de três bilhões de reais. Sem falar, por exemplo, em produtos de limpeza, álcool em gel; na adaptação da estrutura das escolas; e na contratação de professores e funcionários temporários, por exemplo, para substituir quem é do grupo de risco.

Na maior parte das cidades, as áreas da saúde e da educação já definiram planos de retomada das aulas, ou estão com os protocolos em estudo. E em pelo menos sete, de cada 10, as aulas serão retomadas aos poucos ou deve haver um rodízio e um sistema que misture atividades presenciais e online. Tudo para manter as escolas mais vazias e o distanciamento entre os alunos.

A preocupação com a volta às aulas existe inclusive em cidades nas quais o comércio, por exemplo, já foi reaberto. Isso porque a situação é diferente. A começar pelo fato de que só vai a uma loja ou a um restaurante quem quer. E não todo dia. Na escola, tem a questão do transporte escolar, da permanência no mesmo espaço por um longo período, do ambiente fechado com ar condicionado, em alguns casos, sem falar que os alunos vão pra aula e depois podem levar o vírus pra casa, inclusive pra pessoas do grupo de risco.

Na maior parte dos municípios analisados, 97%, tem sido feitas atividades não presenciais, por exemplo, aulas online a distribuição de material impresso.

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