A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou,
em março, que o mundo estava, oficialmente, enfrentando uma pandemia causada
pelo novo coronavírus. E, entre todos os desafios, o vírus, que foi
diagnosticado pela primeira vez em dezembro de 2019 na China, passou a ser tema
frequente de conteúdo suspeito na internet. O Google reportou que milhares de
e-mails que abordavam o coronavírus passaram a ser barrados diariamente, por
tentativa de golpe. Facebook, Twitter, Youtube e diversas outras redes passaram
a coibir conteúdos fraudulentos e fake news envolvendo a doença.
Agora, um relatório recém divulgado pela
Kaspersky, empresa especializada em ciberseguraça, revelou que o nosso país foi
o quinto país com maior proporção de vítimas de phishing após pandemia. Phishing,
para quem não lembra, é o crime de enganar as pessoas para que compartilhem
informações confidenciais como senhas e número de cartões de crédito, por
exemplo. Remete ao termo pescaria, numa tradução do inglês para o português.
Golpistas jogam iscas, enviando, por exemplo, links fraudulentos por email,
mensagens em aplicativos e posts em redes sociais, na tentativa de enganar
internautas.
De acordo com o relatório da Kaspersky, um a
cada oito brasileiros acessou, ao menos um link que direcionava a páginas
maliciosas entre os meses de abril e junho, depois que a pandemia já estava
decretada. Esse índice, que é de 13%, é superior à média mundial - que foi de
8,26%, no mesmo período. Nosso país perde apenas para Venezuela, Portugal,
Tunísia e França nações, que aparecem, nesta ordem, nas 4 primeiras posições do
ranking. Aqui no Brasil, de acordo com o levantamento, a maioria dos ataques no
período em questão envolveu direta ou indiretamente o novo coronavírus. Muitos
deles usaram, por exemplo, notícias falsas do auxílio emergencial, liberado
pelo governo federal a trabalhadores autônimos e desempregados na tentativa de minimizar
os impactos causados pela pandemia.
Lembrando que uma das formas mais eficazes de
se proteger desse tipo de golpe é suspeitar sempre de links recebidos por
e-mails, SMSs ou mensagens de WhatsApp – evitando acreditar especialmente
naquelas mensagens que oferecem algum tipo de vantagem. É importante também
verificar sempre, em fontes confiáveis, se a notícia associada a determinado
link é verdadeira. Você pode fazer isso digitando no navegador o endereço do
site oficial da empresa ou do órgão que, porventura, estejam indicados na
mensagem. E, o mais importante, se não tiver absoluta certeza de que o ambiente
é confiável, não insira informações pessoais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário