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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Um em cada oito brasileiros acessou ao menos um link malicioso entre abril e junho.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, em março, que o mundo estava, oficialmente, enfrentando uma pandemia causada pelo novo coronavírus. E, entre todos os desafios, o vírus, que foi diagnosticado pela primeira vez em dezembro de 2019 na China, passou a ser tema frequente de conteúdo suspeito na internet. O Google reportou que milhares de e-mails que abordavam o coronavírus passaram a ser barrados diariamente, por tentativa de golpe. Facebook, Twitter, Youtube e diversas outras redes passaram a coibir conteúdos fraudulentos e fake news envolvendo a doença.

Agora, um relatório recém divulgado pela Kaspersky, empresa especializada em ciberseguraça, revelou que o nosso país foi o quinto país com maior proporção de vítimas de phishing após pandemia. Phishing, para quem não lembra, é o crime de enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais como senhas e número de cartões de crédito, por exemplo. Remete ao termo pescaria, numa tradução do inglês para o português. Golpistas jogam iscas, enviando, por exemplo, links fraudulentos por email, mensagens em aplicativos e posts em redes sociais, na tentativa de enganar internautas.

De acordo com o relatório da Kaspersky, um a cada oito brasileiros acessou, ao menos um link que direcionava a páginas maliciosas entre os meses de abril e junho, depois que a pandemia já estava decretada. Esse índice, que é de 13%, é superior à média mundial - que foi de 8,26%, no mesmo período. Nosso país perde apenas para Venezuela, Portugal, Tunísia e França nações, que aparecem, nesta ordem, nas 4 primeiras posições do ranking. Aqui no Brasil, de acordo com o levantamento, a maioria dos ataques no período em questão envolveu direta ou indiretamente o novo coronavírus. Muitos deles usaram, por exemplo, notícias falsas do auxílio emergencial, liberado pelo governo federal a trabalhadores autônimos e desempregados na tentativa de minimizar os impactos causados pela pandemia.

Lembrando que uma das formas mais eficazes de se proteger desse tipo de golpe é suspeitar sempre de links recebidos por e-mails, SMSs ou mensagens de WhatsApp – evitando acreditar especialmente naquelas mensagens que oferecem algum tipo de vantagem. É importante também verificar sempre, em fontes confiáveis, se a notícia associada a determinado link é verdadeira. Você pode fazer isso digitando no navegador o endereço do site oficial da empresa ou do órgão que, porventura, estejam indicados na mensagem. E, o mais importante, se não tiver absoluta certeza de que o ambiente é confiável, não insira informações pessoais.

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