Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, o DataSUS, revelados em setembro, mostram que o Brasil registrou uma queda anual de 7% nas mortes por acidentes de trânsito no período entre 2015 e 2019. Ainda assim, cerca de 30 mil pessoas perdem a vida todos os anos em estradas, ruas e avenidas do nosso país e outras dezenas de milhares ficam com sequelas por causa de ferimentos.
Entre os acidentes que mais casam óbitos estão as colisões frontais. Um estudo realizado na Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, constatou que são os homens jovens, na faixa etária de 18 a 25 anos, que que mais se arriscam em ultrapassagens perigosas. De acordo com o apurado, eles têm uma probabilidade 42% maior de se arriscar em manobras de ultrapassagem em pista simples do que homens mais velhos e mulheres.
Essa probabilidade é de 36% a mais quando o motorista é homem de 25 a 35 anos –mantendo a mesma base de comparação, ou seja, homens mais velhos e motoristas do sexo feminino. O estudo dos pesquisadores da USP contou com a participação de 100 motoristas habilitados de faixas etárias diferentes, sendo homens e mulheres. Todos realizaram testes de direção em um simulador capaz de reproduzir virtualmente qualquer tipo de rodovia de forma realista.
Vale lembrar que, segundo as estatísticas oficiais do governo, a maioria das vítimas fatais de colisão frontal pertence a esse grupo de jovens e adultos do sexo masculino. Registros do banco de dados da Polícia Rodoviária Federal revelam, por exemplo, que 94% dos condutores envolvidos anualmente em acidentes de colisão frontal no Brasil são homens.
Considerando apenas a década entre 2008 e 2018, foram contabilizados 1 milhão e 500 mil acidentes em rodovias federais do nosso país. As colisões frontais foram minoria, cerca de 3 em cada 100 acidentes. No entanto, é o tipo de colisão mais fatal, sendo responsável por 31% das mortes.
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