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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Quatro de cada 10 brasileiros seguem com medo da crise e preferem guardar o dinheiro.

Pelo menos quatro, de cada 10 brasileiros, acham que a crise econômica causada pelo coronavírus ainda não acabou. É gente que guardou dinheiro, nos últimos meses, e deve manter essa postura pé no chão por mais um tempo. A pesquisa foi feita pela Fundação Getúlio Vargas. Quando se considera somente aqueles que conseguiram poupar uma grana, de março pra cá, a maior parte, três, de cada quatro, vai manter o hábito.

Com a crise, muita gente adiou compras, viagens, a troca do carro; sem falar nas pessoas que cortaram as idas a bares, restaurantes ou academias, por exemplo, até por medo do coronavírus; e naquelas que viram a despesa cair, quando passaram a trabalhar de casa. Fatores que ajudaram boa parte da população a economizar, nos últimos meses. A situação, porém, varia de acordo com a classe social. Por exemplo, entre quem ganha até dois mil e 100 reais, apenas 25% têm guardado dinheiro, possivelmente porque nem sempre sobra alguma coisa. Já entre quem ganha acima de nove mil e 600 reais, o índice sobe para 43%.

A forma como cada um pretende gastar o dinheiro guardado também varia, com base renda. Para os mais pobres, algumas das prioridades são a reforma da casa e as despesas do dia a dia. Enquanto, para os mais ricos, o foco principal é fazer uma viagem de férias. Só que boa parte desses gastos não deve acontecer agora, uma vez que a maioria das pessoas pretende mexer no dinheiro guardado mais pra frente, em até seis meses.

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